Por Wanglézio Braga
Uma nova portaria publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) deve mexer com a rotina de frigoríficos de aves em todo o Brasil, inclusive no Acre. A medida, de caráter emergencial, institui um plano exploratório para análise da bactéria Enterobacteriaceae nas carcaças de frango de corte, após suspeitas de falhas higiênico-sanitárias em parte dos abatedouros fiscalizados pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF).
Segundo a Portaria nº 1.273, de 2 de maio de 2025, assinada pelo secretário substituto de Defesa Agropecuária, Allan Rogério de Alvarenga, os próprios frigoríficos serão responsáveis por coletar, transportar e custear as análises laboratoriais que irão verificar a presença dessas bactérias — conhecidas por indicar contaminações cruzadas e falhas graves na higiene do processo de abate.
O plano tem caráter exploratório, ou seja, servirá como base para ações mais rígidas no futuro e será regulamentado em detalhes por ofício do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. Até 4 de janeiro de 2027, os frigoríficos que não aderirem ao sistema de inspeção baseado em risco deverão comprovar avanços no desempenho higiênico-sanitário, sob pena de sanções.
No Acre, onde o consumo e a produção de frangos crescem em ritmo acelerado, a nova regra será implantada nos abatedouros registrados no SIF. A medida visa coibir riscos à saúde pública e aumentar o controle da qualidade dos alimentos de origem animal que chegam à mesa do consumidor.