EDITORIAL: A inércia do IDAF-AC enquanto a lagarta que devora os pastos do Acre

Da Redação do Portal Acre Mais

A situação é delicada, e a postura do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF-AC) é, no mínimo, revoltante. Enquanto a praga da lagarta curuquerê avança vorazmente sobre os pastos e plantações de milho do estado, especialmente nas regiões do Alto e Baixo Acre, o órgão permanece paralisado. Sem qualquer ação [efetiva] de combate, sem nota técnica em seu site, sem orientação e com uma comunicação pífia, o IDAF evidencia sua total desconexão com a realidade dos produtores rurais que dependem do campo para sobreviver.

Nos municípios mais afetados, os pecuaristas sem muito recursos se encontram entregues à própria sorte. O desespero é tanto que muitos estão recorrendo a defensivos trazidos ilegalmente da Bolívia, já que não encontram alternativas no mercado local ou nacional. Esse cenário escancara o fracasso de uma instituição que deveria ser a primeira linha de defesa contra ameaças à produção agropecuária, mas que, na prática, limita-se a um papel burocrático de cobrança e fiscalização ineficiente.

Enquanto o problema se agrava, dentro do IDAF, reuniões intermináveis e sem resultados concretos parecem ser a única resposta. Não há sequer uma explicação oficial sobre o avanço da praga ou medidas de mitigação. O silêncio é ensurdecedor, e a falta de transparência e de diálogo com a imprensa ou os produtores reforça a impressão de que o instituto está completamente alheio à sua missão. Está perdido!

Nos escritórios do interior, a situação é ainda mais desoladora: faltam técnicos, estrutura e respostas. Em Brasiléia, a solução veio da prefeitura, que montou uma operação emergencial para atender os produtores, assumindo uma responsabilidade que deveria ser do estado. Representantes do escritório  na cidade chegaram a participar de algumas coletas em campo, mas não surgiram em evidentes e concretas ações.

Esse esforço municipal contrasta com a inércia do IDAF e expõe a gestão que se preocupa mais em cobrar resultados dos produtores do que em oferecer suporte técnico.

Não é a primeira vez que o IDAF falha. As campanhas de vacinação contra doenças já demonstraram sua incapacidade de execução e mobilização social. A prova é sobre a campanha de Declaração de Rebanho 2024 que faltando pouco menos de uma semana, cerca de 40% das propriedades não fizeram suas obrigações. Agora, diante de uma crise que compromete a produção de carne e leite — bases fundamentais na economia acreana —, a falta de atitude do órgão é inaceitável.

É hora de o IDAF-AC sair da sua bolha burocrática, parar de ignorar os clamores dos produtores e assumir sua responsabilidade. Reuniões improdutivas e cobranças sem fundamento não resolvem o problema. O estado precisa de liderança, planejamento e ação imediata para conter a praga e evitar um prejuízo ainda maior. Caso contrário, o IDAF continuará a ser visto como um órgão omisso, que existe apenas para cobrar e nunca para ajudar.

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