Da redação do Portal Acre Mais
A falta do tradicional Festival do Abacaxi, organizado anualmente pela Prefeitura de Tarauacá, poderia ter deixado 2025 marcado como um ano vazio para os produtores da fruta símbolo do município. Mas a união de forças entre a Secretaria Estadual de Agricultura (SEAGRI), o gabinete do deputado licenciado Luiz Tchê e a Cooperativa dos Produtores Familiares e Extrativistas de Tarauacá (CooptAcre) garantiu que o trabalho de quem vive da cadeia produtiva fosse valorizado. Assim nasceu a 1ª Feira do Abacaxi da Agricultura Familiar, realizada entre 27 e 30 de novembro, que conseguiu movimentar o campo e a cidade.

A missão da feira foi evitar que a produção inteira ficasse retida nas propriedades. E deu certo: segundo Bayma, da CooptAcre, quase seis mil abacaxis foram vendidos durante os quatro dias de evento. O público também pôde conhecer o potencial da região na produção de frutos gigantes, marca registrada de Tarauacá, com a escolha dos três maiores abacaxis deste ano.
O produtor Nico do Abacaxi levou o primeiro lugar com um fruto de 11,2 kg e recebeu R$ 10 mil de prêmio. Logo atrás veio o produtor Nivaldo Carlos, com um abacaxi de 8,3 kg que garantiu R$ 7 mil ao segundo colocado. Fechando o pódio, Chico Veio apresentou um fruto de 7,1 kg e recebeu R$ 3 mil. No total, R$ 20 mil foram distribuídos aos campeões, fortalecendo o incentivo à produção local.
A feira ainda abriu espaço para a venda de outros produtos da agricultura familiar, como banana, melancia, tapioca, beiju e derivados, garantindo renda direta para dezenas de famílias. A iniciativa reforça a importância da organização comunitária e da parceria entre Estado, cooperativa e produtores, garantindo que a cultura do abacaxi — tão forte na identidade de Tarauacá — continue viva mesmo sem o festival oficial.

