Por Wanglézio Braga
O Boletim Hortigranjeiro, divulgado pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (PROHORT) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apontou uma queda expressiva no preço do mamão na Ceasa de Rio Branco.
Segundo o documento, que abrange os dados de setembro, o preço do mamão sofreu uma retração de -45%, reflexo da demanda estável ao longo do mês que diminuiu no final do período devido à redução do poder de compra dos consumidores.
Para outubro, a Conab prevê uma oferta ainda maior das variedades de mamão papaya e formosa, impulsionada pela colheita em plantações recém-estabelecidas e pelo calor nas principais regiões produtoras do país, o que deve acelerar o amadurecimento das frutas.
O aumento da oferta tende a pressionar os preços para baixo tanto no atacado quanto no varejo. Além disso, o clima quente tem favorecido a proliferação de ácaros nas plantações, o que pode exigir mais pulverizações. No entanto, com a queda no preço, os produtores podem encontrar dificuldades em cobrir esses custos adicionais, reduzindo ainda mais suas margens de lucro.
No cenário nacional, a Bahia, o Espírito Santo e o Rio Grande do Norte lideram a produção, com volumes de 12.347.465 kg, 11.758.422 kg e 2.295.514 kg, respectivamente. O Acre, por sua vez, registrou a negociação de 33.497 kg de mamão, superando outros estados como Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rondônia e Tocantins.