Um recente levantamento realizado pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP) revelou que os preços dos insumos já representam 70% dos custos relacionados à diária do boi confinado.
Embora esses custos tenham aumentado, ainda estão abaixo dos 90% registrados no ano passado, quando o valor dos alimentos para o confinamento disparou.
Variações nos preços dos insumos
Esse aumento no custo de alimentação está ligado às variações de preços nas commodities agrícolas. Em setembro, o estado de São Paulo, um dos líderes na engorda intensiva de gado, observou que apenas o DDG (grão desintegrado de milho) e o farelo de algodão tiveram redução de preço.
Por outro lado, insumos fundamentais como milho, soja, sorgo, polpa cítrica e farelo de trigo apresentaram aumento.
Diante desse cenário, a USP alerta que o pecuarista deve planejar sua atividade para minimizar as consequências das flutuações de preços. O momento atual é visto como crucial para que os produtores se organizem e preparem suas estratégias para o primeiro semestre de 2025, garantindo maior sustentabilidade e previsibilidade em suas operações.
Análise de confinamentos
A pesquisa também revelou que os confinamentos de médio porte, com capacidade para três mil animais, apresentam um rendimento de carcaça de 55,8% após um período médio de engorda de 95 dias.
Em contraste, os confinamentos de grande porte, como os boitéis que comportam até 27 mil bois, alcançaram um rendimento de carcaça de 55,4% ao longo de 103 dias de confinamento.
Esses dados ressaltam a importância da eficiência na gestão do confinamento, uma vez que o rendimento da carcaça é fundamental para a viabilidade econômica das operações. O planejamento estratégico e o controle rigoroso dos custos são essenciais para enfrentar a volatilidade do mercado e garantir a rentabilidade na pecuária de corte.