Por Wanglézio Braga
Um vídeo gravado por moradores da Reserva Extrativista (RESEX) Chico Mendes, em Brasileia, denuncia a situação crítica do ramal no km 59, que se encontra em condições deploráveis. As imagens mostram um caminhão completamente atolado na lama, enquanto sete homens fazem esforço para desatolá-lo, contando ainda com a ajuda de outro veículo.
No vídeo, uma moradora expressa sua revolta e desespero com a falta de infraestrutura. “Passando aqui para mostrar um pouquinho da realidade dentro da RESEX Chico Mendes, para ser mais exata no km 59 de Brasileia, AC, mas 63 de ramal. Essa falta de políticas públicas dentro da RESEX Chico Mendes faz com que quem sofre sejam os moradores. Isso aí são os moradores tentando vir para a cidade, pois esse é o transporte que eles usam. Se o poder público fizesse um trabalho digno, não chegaria nessa situação. Pedimos socorro, está muito difícil trafegar”, desabafa.
A situação afeta diretamente cerca de 200 famílias que vivem na região, cuja principal atividade econômica está na produção de borracha e coleta da castanha. Sem um ramal em condições mínimas de trafegabilidade, a comercialização desses produtos fica comprometida, prejudicando diretamente a renda dos trabalhadores.
O ramal é a única via de acesso de muitos moradores da reserva até a cidade, sendo essencial para o transporte de pessoas, insumos e produção agrícola. Com o abandono, a população fica impedida de chegar a serviços básicos como saúde e educação, além de ter dificuldades para escoar seus produtos.
VISITA TÉCNICA
Em contato com Josué Elias, secretário municipal de Obras, Transporte e Urbanismo da Prefeitura de Brasileia, fomos informados de que ele pessoalmente fará uma visita técnica ao local na próxima terça-feira (25) para verificar a situação. A expectativa dos moradores é de que a visita resulte em medidas concretas para recuperar a estrada.
Nossa equipe continua acompanhando o caso e seguirá cobrando as autoridades responsáveis para que uma solução seja apresentada o quanto antes. Enquanto isso, os moradores seguem enfrentando dificuldades diárias para se locomover, clamando por atenção e providências urgentes do poder público.
