Por Wanglézio Braga
Com a transição de mandatos nas prefeituras acreanas se aproximando, produtores rurais em várias cidades do estado têm enfrentado uma crescente preocupação. Para muitos, a continuidade de programas essenciais, especialmente os de logística, está em risco. No auge do plantio, a possível interrupção desses serviços gera apreensão, pois as operações de transporte e abastecimento de insumos dependem diretamente do suporte público local.
Na região do Alto Acre, por exemplo, produtores temem ainda a exoneração de técnicos e colaboradores que atuam diretamente no campo, auxiliando desde o preparo do solo até o manejo de culturas passando ainda pelo transporte. Esses profissionais, muitas vezes alocados pelas administrações municipais, como comissionados, oferecem um suporte vital para pequenos e médios produtores que, sem eles, se veem desamparados.
A incerteza sobre a continuidade dos programas deixa o setor agrícola em uma posição vulnerável, já que o tempo de readequação de novos projetos ou de capacitação para futuras equipes pode impactar diretamente a produtividade. “Para quem depende de transporte de maquinário e insumos para o interior, qualquer atraso pode significar perdas irreparáveis,” comenta um produtor de Brasiléia.
A apreensão reflete a importância de uma transição cuidadosa, que valorize as políticas em andamento e garanta apoio contínuo aos produtores, que dependem dessas estruturas para o sucesso de cada safra.
“Para as cidades que conseguiram reeleger os seus prefeitos, acredito que fique mais fácil. Já as outras que vão ter prefeitos novos, esse período constantemente é turbulento. Tem posse de secretário, tem nomeações de pessoal de equipe, tem conversas e campo não pode parar”, ressalta o técnico agrícola Márcio Mesquita.