Da redação do Portal Acre Mais
Apesar do decreto de emergência assinado na segunda-feira (10) pelo governador Gladson Cameli devido ao aumento dos níveis dos rios no Acre, o pesquisador meteorológico Davi Friale minimizou os riscos de enchentes de grandes proporções no estado. Segundo ele, não há sinais atmosféricos ou oceânicos que indiquem chuvas intensas e prolongadas capazes de provocar transbordamentos como os registrados em 2015 e 2024.
“Como já vínhamos informando há muito tempo, não há tendência para enchentes de proporções alarmantes provocadas pelos principais rios do Acre. A probabilidade de ocorrência de transbordamentos como os de 2024 e 2015 é praticamente nula, tendo em vista que as condições atmosféricas e oceânicas não sinalizam chuvas intensas e prolongadas. Porém, é prudente ficar atento para eventuais alterações bruscas, embora pouco prováveis, no comportamento da atmosfera”, afirmou Friale.
O especialista alerta, no entanto, para o risco de transbordamento repentino de córregos e igarapés, que podem causar transtornos significativos à população local. “O perigo está nos córregos e igarapés, que podem transbordar repentinamente e causar sérios transtornos aos moradores”, explicou.
Atualmente, os principais rios do estado apresentam tendência de estabilização e posterior redução no volume de água. Em Rio Branco, o Rio Acre marcava 14,25 metros na segunda-feira, às 14h, e deve atingir um pico de 14,5 metros antes de começar a baixar lentamente ao longo da semana. Em Cruzeiro do Sul, o Rio Juruá estava estabilizado em 13,5 metros e apresenta tendência de queda nos próximos dias. Já em Sena Madureira, o Rio Iaco registrava 14 metros na segunda-feira e também deve diminuir de nível.
Os dados utilizados pelo pesquisador são fornecidos pela Agência Nacional de Águas (ANA), que realiza medições a cada 15 minutos.