Por Wanglézio Braga
O que era para ser apenas mais alguns dias de comercialização tradicional de pescados na capital acreana se transformou em um fenômeno de movimentação econômica. A Feira do Peixe, realizada em diversos pontos estratégicos da cidade, superou as expectativas da Prefeitura antes mesmo do meio-dia desta sexta-feira (18), último dia da programação oficial. Quem garante é o próprio secretário municipal de Agropecuária (SEAGRO), Eracides Caetano.
De acordo com ele, a prefeitura ainda não contabilizou o volume exato de pescado comercializado este ano, mas os dados preliminares apontam para um resultado histórico.
“Olha, é claro que está muito movimentada, né? Toda a feira que a gente fez, as cinco edições que a gente está na gestão, graças a Deus, sempre supera a expectativa”, afirmou o secretário em entrevista ao Portal Acre Mais.
No ano passado, apenas no Ceasa, foram vendidos 120 toneladas de peixe. Somando outros pontos de venda, o total chegou a 165 toneladas. Neste ano, a meta era ultrapassar esse volume — algo que, segundo Caetano, aconteceu antes mesmo de encerra a feira.
“Eu acho que a gente chegou aí porque quem vem para cá [São Francisco], vem para comprar. Hoje mesmo, na hora que eu cheguei aqui, estava superlotado”, disse, visivelmente empolgado com o sucesso da edição.
A Feira do Peixe já se consolidou como um dos eventos mais aguardados da Semana Santa pelos consumidores, tanto pela variedade quanto pelos preços mais acessíveis em comparação ao mercado convencional. Tilápia, tambaqui, curimatã e outros peixes regionais foram os mais procurados pelos consumidores.
O secretário também destacou que a Prefeitura de Rio Branco tem planos para fortalecer a produção local, evitando a dependência de peixe oriundo de outros municípios e estados.
“Tem muito peixe vindo de Porto Velho, de Boca do Acre. O prefeito quer incentivar o peixe que é criado aqui mesmo. Porque, quando vem de fora, o dinheiro vai embora. Mas se produzir aqui, o dinheiro gira dentro do município”, ressaltou.
O desafio agora é dar continuidade à valorização da cadeia produtiva da piscicultura local. Segundo Caetano, a meta da gestão é fazer com que o município não seja apenas um polo consumidor, mas também um importante polo produtor.
Nos próximos dias, a SEAGRO vai mapear o quantitativo de vendas na Ceasa e nos mercados municipais como da Estação Experimental, Rui Lino, Elias Mansour e no Terminal do São Francisco.
