Por Ascom MAPA
estacada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, como uma das ações de grande importância realizadas durante a reunião de cúpula do G20 sob a presidência brasileira no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (18), a assinatura do Memorando de Entendimento do Ministério de Minas e Energia (MME) com a Argentina que viabiliza a exportação de gás natural argentino ao Brasil trará mais competitividade à produção agropecuária brasileira.
Com a medida, um grupo de trabalho bilateral identificará as ações necessárias para viabilizar a oferta de gás natural, especialmente de Vaca Muerta, com estimativa de movimentação de 2 milhões de metros cúbicos por dia no curto prazo, chegando a 30 milhões até 2030.
“Comprar gás natural, nos preços pactuados com Vaca Muerta, é a garantia também de produção de alimentos, de combate à fome, com preços justos, controle inflacionário. A dependência extrema de fertilizantes importados levava o Brasil a um risco muito grande na sua potencialidade de produzir alimentos. Então foi um grande momento este, hoje, da sinalização ao mercado de que políticas de produção de fertilizantes saem do discurso e voltam à realidade no Brasil”, ressaltou o ministro Carlos Fávaro durante entrevista coletiva realizada junto com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, no Museu de Arte Moderna.
O custo esperado do gás natural argentino na chegada ao Brasil varia entre US$ 7 e US$ e 8 milhões por BTU.
No ano passado, o Brasil importou cerca de 86% dos fertilizantes utilizados. Com a ampliação do acesso ao gás natural argentino, o ministro da Agricultura e Pecuária explica que a produção de alimentos no país vai se tornar mais competitiva diante da possibilidade de ampliação do fornecimento de fertilizantes nitrogenados.
Ele reforça que o Brasil vem se consolidando como um dos maiores produtores de alimentos do mundo, com foco em uma produção sustentável e na segurança alimentar e nutricional do planeta. “Por isso, neste período de menos de dois anos, o Brasil, sob a governança do presidente Lula, já está chegando a quase 300 novos mercados abertos para a agropecuária”.
Para seguir avançando, Fávaro pondera quem um dos desafios a ser superado é a questão da dependência externa de fertilizantes. “O Brasil tinha deixado de ter os fertilizantes como uma matriz estratégica, mas com o retorno do presidente Lula, o país volta, então, a direcionar seus investimentos para a soberania nacional”, comentou.