Por Wanglézio Braga com informações da Agência de Notícias do Acre
Diante da queda na safra da castanha do Brasil causada pelas mudanças climáticas, o governo do Acre enviou técnicos da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) à sede da Embrapa em Porto Velho (RO) para buscar alternativas e novas tecnologias para a produção. A castanha, que foi a terceira maior fonte de renda do agronegócio acreano em 2023, movimenta cerca de R$ 2 bilhões anualmente no Brasil, sendo essencial para a economia local.
Especialistas da Embrapa-RO trabalham no melhoramento genético da castanheira, avaliando clones do Acre e de Rondônia para aumentar a produtividade e a resistência da espécie. A engenheira agrônoma Eneide Taumaturgo destacou que a visita à Embrapa é estratégica para garantir a sustentabilidade econômica e ambiental da produção de castanha.
A chefe-geral da Embrapa em Rondônia, Lúcia Wadt, reforçou os avanços na pesquisa genética da castanheira, fundamentais para fortalecer a cultura no Acre. Com essas iniciativas, o estado busca recuperar sua produtividade e assegurar o futuro de um dos produtos mais valiosos da floresta amazônica.

Projeto da Seagri pretende reflorestar clareias na mata acreana com castanheiras. Foto: cedida
PROJETO
Como parte das ações para revitalizar a cadeia produtiva, a Seagri está desenvolvendo o projeto “Refloresta Castanha”, que prevê o plantio de castanheiras em áreas degradadas e clareiras de floresta. O projeto beneficiará cerca de 400 famílias, garantindo a preservação da atividade e a recuperação ambiental. Além disso, o governo já capacitou 514 extrativistas do Alto Acre, Baixo Acre e Purus sobre técnicas avançadas de produção de mudas em mini estufas, promovendo mais eficiência no cultivo.