Por Wanglézio Braga
A primeira edição da Expo Fronteira, em Assis Brasil, abriu espaço para um debate técnico que chamou a atenção de pecuaristas do Acre e também do Peru na manhã deste sábado (04). O pesquisador da Embrapa, Daniel Lambertucci, conduziu um seminário sobre manejo e melhoramento de pastagens, reforçando a importância de trazer conhecimento científico para fortalecer a pecuária na região de fronteira.
Segundo Lambertucci, o Acre se destaca por ter o menor índice de pastagens degradadas da Amazônia Legal, com menos de 4% nessa condição. Mesmo com esse cenário positivo, há espaço para avanços. “O produtor acreano já aprendeu a manejar pasto, mas sempre tem o que melhorar. Uma das alternativas é a introdução do amendoim forrageiro, uma leguminosa que aumenta o vigor da pastagem, melhora a produtividade do capim e gera mais ganho de peso nos animais ou maior produção de leite”, explicou.
O pesquisador também destacou a relevância do intercâmbio com produtores do Peru, especialmente da região de Madre de Dios, que compartilha condições semelhantes às do Acre. “As tecnologias que aplicamos aqui podem ser usadas também no Peru. Esse diálogo vem crescendo, com cada vez mais demandas de órgãos peruanos em áreas como cacau, pecuária e floresta. Nosso papel é desenvolver não só o Acre, mas todas as regiões das fronteiras”, completou.
O seminário foi prestigiado por pecuaristas locais e visitantes do país vizinho. Segundo a organização, a realização do seminário reforça um dos papéis da Expo Fronteira como ponto de encontro para troca de experiências e difusão de conhecimento que pode transformar a produção na tríplice região.
