Por Wanglézio Braga
A Expoacre 2025 marca o cinquentenário do evento e promete ser uma edição histórica, segundo o secretário estadual de Agricultura, José Tchê. Em entrevista à nossa reportagem, ele revelou os preparativos em curso para a feira, que busca consolidar-se como uma vitrine tecnológica e cultural, promovendo ainda mais o agronegócio no estado.
De acordo com José Tchê, o governador Gladson Cameli (PP) tem grandes expectativas para o evento. “Estou elaborando um documento sobre a história da Expoacre, desde o início até agora, para buscar apoio de entidades como o Ministério da Agricultura, MDA, Turismo e Correios”, explicou. O objetivo é captar recursos que ampliem o alcance e a relevância da feira.
Reorganização dos Espaços e Enfoque Comercial
Respondendo às críticas de edições anteriores sobre a ocupação de espaços por secretarias estaduais, Tchê destacou que o governo já adotou medidas para priorizar os estandes privados. “Na edição passada, reduzimos os espaços públicos e aumentamos os privados. Esse será nosso foco novamente, valorizando a presença de empresas que possam expor e comercializar seus produtos”, disse.
Ele também defendeu a presença de segmentos específicos, como o turismo indígena, que enriquece a feira com diversidade cultural. “É interessante mostrar o turismo indígena, que é muito forte na nossa região”, disse.
Planejamento para Agricultura e Negócios
O secretário enfatizou a necessidade de tornar a Expoacre mais atrativa para empresas ligadas ao agronegócio, especialmente aquelas que oferecem soluções tecnológicas. “Queremos trazer empresas que vendem equipamentos, por exemplo, para a produção de café, e criar painéis e debates durante o dia para discutir temas relevantes ao setor”, afirmou.
Essa abordagem busca fomentar negócios diretamente na feira, permitindo que expositores apresentem suas inovações e ampliem suas redes de contato.
Desafios do Parque de Exposições e a vitrine tecnológica
José Tchê reconheceu desafios estruturais, como a questão do parque de exposições, que não pertence ao governo estadual. “Dependemos do governo federal e precisamos criar uma vitrine tecnológica para mostrar culturas permanentes, como cacau e café. É algo que ainda precisa ser resolvido”, destacou.
Cultura e tradição mantidas
Apesar das mudanças planejadas, a Expoacre não perderá sua essência cultural. Shows, bares, rodeios e atrações noturnas continuarão a fazer parte do evento, mantendo o caráter festivo que atrai milhares de pessoas todos os anos.