Por Wanglézio Braga
Um surto de raiva animal em Tarauacá colocou criadores em estado de alerta. Após a confirmação de um foco da doença, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) emitiu um comunicado convocando os produtores rurais da região para vacinarem obrigatoriamente seus rebanhos em um raio de 12 km do epicentro do surto. A medida é compulsória e tem como objetivo conter a propagação do vírus que pode devastar o rebanho e causar impactos severos na saúde pública.
Em um vídeo divulgados nas redes sociais, um representante do Idaf detalhou o protocolo que deve ser seguido. “A vacinação contra a raiva é obrigatória para bovinos, equinos, ovinos e outras espécies suscetíveis dentro do foco. É essencial adquirir a vacina correta para cada espécie e, após a aplicação, apresentar a nota fiscal no Idaf para registro”, alertou. Ele também destacou a necessidade de reportar animais com sintomas neurológicos ou prostrados para que os casos sejam investigados.
“Se tiver algum animal apresentando sinais como prostrado, sem se levantar, esteja há alguns dias deitados, babando, não manipule esse animal. Informe ao Idaf para que possamos fazer os exames e detectar se é um problema neurológico ou raiva”, informou
O órgão estabeleceu um cronograma de visitas em comunidades específicas para garantir que todos os criadores dentro do perímetro cumpram a determinação. As áreas abrangidas incluem:
- Rio Tarauacá, Seringal Novo Destino
- Igarapé Pacujá
- Baixo Tarauacá
- Ramal da Jaburu
- Ramal do Socó
- BR-364, sentido Tarauacá/Feijó (lado direito e esquerdo até o km 11)
- Rio Muru, até próximo ao Igarapé Conceição
- Aldeias 18 Praias, Caucho, Nova e Tamandaré
- Seringal Itamaraty
A vacinação deve ser realizada imediatamente, e os produtores têm um prazo de 90 dias para comprovar o procedimento junto ao Idaf. A negligência pode acarretar sanções severas, além de comprometer a erradicação do foco.
A raiva é uma zoonose fatal que pode afetar tanto animais quanto humanos. Por isso, a mobilização é crucial para evitar uma crise sanitária de grandes proporções. A recomendação aos criadores é não só cumprir a vacinação, mas também monitorar os animais e comunicar qualquer sinal de comportamento anormal.