Sindicato Rural de Xapuri rompe o silêncio e acusa ICMBio de causar prejuízo a produtores

Por Wanglézio Braga

Depois de dias de silêncio diante da repercussão da “Operação Suçuarana”, quem resolveu tomar posição foi o Sindicato Rural de Xapuri. Em nota pública divulgada na noite desta quarta-feira (11), a presidente Maria Audilena Novais manifestou firme solidariedade aos produtores rurais atingidos pela ação do ICMBio dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes. A entidade afirma que dezenas de famílias vêm sendo diretamente prejudicadas, com perdas materiais e morais.

Segundo o documento, a operação estaria sendo conduzida sem o devido cuidado com os moradores, afetando a economia de subsistência de quem vive do roçado, da criação de animais e de atividades legalizadas dentro do plano de uso da reserva. “Ações repressivas sem diálogo e equilíbrio não promovem a preservação ambiental, apenas acirram tensões sociais”, diz a nota.

O Sindicato cobrou uma mesa de diálogo com a presença de representantes do ICMBio, Ministério Público Federal, CNA e outras entidades ligadas ao setor rural. Além disso, pediu medidas de reparação e indenização aos produtores que sofreram prejuízos e colocou sua estrutura jurídica à disposição dos associados. “Estamos do lado de quem trabalha com honestidade”, reforçou Audilena.

A entidade também defendeu a atualização do plano de utilização da reserva, com definição de limites claros, melhoria de estradas e incentivo à produção sustentável. Em tom firme, conclamou a união do setor agropecuário para garantir segurança jurídica no campo e reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento rural aliado à justiça social.



Leia a nota completa:

O Sindicato Rural de Xapuri – AC, entidade representativa dos produtores rurais do município de Xapuri, vem a público manifestar sua mais firme solidariedade aos produtores rurais atingidos pelas ações da Operação Suçuarana, deflagrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no território da Reserva Extrativista Chico Mendes.

Na condição de entidade sindical legalmente constituída e atuante, cabe ao Sindicato representar e defender os interesses da classe rural produtora, zelando por seus direitos e promovendo sua dignidade. É com base nessas atribuições que expressamos preocupação com os métodos adotados na operação, os quais, segundo relatos recebidos por esta entidade, vêm sendo conduzidos de forma que impactam diretamente a economia de subsistência de dezenas de famílias.

Consideramos essencial que iniciativas dessa natureza contemplem mecanismos transparentes de comunicação e participação das comunidades envolvidas, de forma a assegurar a confiança mútua, o equilíbrio entre os interesses ambientais e sociais e o respeito aos direitos fundamentais de quem vive da produção rural.

Em respeito à nossa base sindical, o Sindicato:

Reafirma seu compromisso com a defesa jurídica e institucional dos produtores atingidos;

Coloca-se à disposição para oferecer assessoria técnica e orientação legal aos associados;

Solicita a imediata instalação de mesa de diálogo, com a presença de representantes do ICMBio, Ministério Público Federal, FAEAC, CNA, autoridades locais e lideranças comunitárias;

Solicita ao poder público a adoção de medidas de reparação e indenização aos produtores que sofreram prejuízos materiais e morais, sobretudo àqueles que mantinham suas atividades dentro dos limites do plano de uso da reserva;

Conclama todas as entidades sindicais, parlamentares e instituições do agro a se unirem em defesa da segurança jurídica, da paz no campo e do desenvolvimento sustentável com justiça social;

Defende o estabelecimento de diálogo permanente entre os órgãos envolvidos e os moradores da reserva, com foco na atualização e adequação do plano de utilização, definição de limites, melhorias estruturais, investimentos, fornecimento de insumos e ampliação da assistência técnica aos produtores rurais.

Reiteramos nosso respeito à legalidade, ao meio ambiente e à ordem pública, ao tempo em que destacamos que ações repressivas sem diálogo e equilíbrio não promovem a preservação ambiental, apenas acirram tensões sociais e alimentam o sentimento de abandono daqueles que vivem da terra com honestidade.

Maria Audilena Silva Novais
Presidente

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