Por Wanglézio Braga
Plácido de Castro vive um impasse que pode custar caro ao agronegócio local. Em uma entrevista concedida ao Portal Acre Mais, o presidente do Sindicato Patronal Rural do município, José Dimas, escancarou a dura realidade enfrentada pelos produtores da região. A burocracia desenfreada tem sido um verdadeiro pesadelo, sufocando o crescimento do setor e deixando os pequenos produtores à mercê da clandestinidade.
Com apenas 30 sócios ativos, o sindicato luta para tirar os trabalhadores rurais do anonimato, agregar valor aos produtos e fazer a economia girar. Mas, segundo Dimas, o maior inimigo do desenvolvimento local tem nome: a burocracia estatal.
PRODUTORES IMPEDIDOS DE CRESCER
O grande entrave? O temido Selo de Inspeção que deveria garantir a legalidade dos produtos, mas se tornou um obstáculo quase intransponível. Muitos produtores de leite, queijo, carne de porco e grãos estão sendo obrigados a vender na clandestinidade porque não conseguem a certificação necessária para colocar seus produtos no mercado formal.
“Temos produtores de queijo que não podem vender no supermercado porque falta o selo! Isso é um gargalo que precisa ser resolvido urgentemente! O governo precisa desburocratizar essa área”, disparou José Dimas.
A LUTA PARA ROMPER AS AMARRAS
Para tentar reverter esse cenário caótico, o sindicato está contando a área política para criar um projeto de lei municipal que permita a regularização dos produtores. Mas, até agora, o apoio do poder público tem sido tímido, enquanto os trabalhadores rurais continuam lutando sozinhos para sobreviver.
Mesmo diante de tantas dificuldades, o sindicato segue firme, oferecendo cursos de aperfeiçoamento em parceria com o SENAR-AC e o SEBRAE-AC, capacitando produtores na cultura do café, produção de queijo, carne suína e derivados do leite.
Mas até quando os produtores de Plácido de Castro terão que sofrer nas mãos da burocracia? O agronegócio é a espinha dorsal da economia local, e a demora na regularização pode ser fatal para pequenos trabalhadores que só querem um direito básico: trabalhar e crescer.
Confira a entrevista em vídeo, a seguir;