Por Wanglézio Braga
A safra de bananas trouxe alívio para os consumidores e desafio para os feirantes em Rio Branco. Joeverton Amorim, de 20 anos, que trabalha na feira livre do bairro Manoel Julião, conta que até pouco tempo comprava a caixa por R$ 70 na CEASA, mas agora paga entre R$ 30 e R$ 35. A mudança obrigou a adotar novas estratégias para garantir mais lucro.
Com a queda no preço, Joeverton decidiu apostar nas promoções: três palmas de banana prata por R$ 10, além da banana comprida, usada principalmente para mingau ou frita, que também segue na mesma linha de descontos. O resultado tem sido positivo: por dia, saem até quatro caixas de prata e cerca de 15 cachos da comprida.

O feirante, que começou na banca ainda adolescente ajudando o patrão, já acumula 12 anos de experiência. Hoje, além dos clientes fiéis da feira, mantém parcerias com lanchonetes e restaurantes da cidade, que compram em maior quantidade e garantem um giro rápido do produto. “É a nossa alternativa para vender mais e melhor”, disse.
Segundo Joeverton, o segredo também está em aproveitar o bom momento da safra e oferecer preço justo. “Todo mundo sai ganhando: quem compra economiza e a gente garante o movimento”, resume o jovem que cresceu entre as barracas da feira e aprendeu a tirar sustento do trabalho honesto.