Por Wanglézio Braga
Nada mudou para os produtores de maracujá de Capixaba, que seguem enfrentando o pesadelo da falta de mercado para escoar a produção. O problema ganhou força após o governo do estado, por meio da Secretaria de Educação, ter interrompido as compras de polpas de frutas de uma cooperativa para a merenda escolar.
Num passado bem recente, a situação pautou audiência na Assembleia Legislativa, porém, quase nada ocorreu. A situação também foi tema de debate no Fórum Empresarial do Acre, realizado nesta sexta-feira (15), com a participação de representantes do Sebrae, Seagri, Cooperacre, Sistema OCB, COPASFE, além de representante da Câmara de Vereadores e do vice-prefeito de Capixaba, Amilton Cunha. Durante o encontro, os participantes reforçaram a importância de políticas públicas para manter a cadeia do maracujá ativa.
Segundo o secretário Amilton, em entrevista ao Portal Acre Mais, Capixaba tem hoje cerca de 150 produtores dedicados ao cultivo da fruta. Ele lembrou que o principal comprador sempre foi o próprio governo, que destinava as polpas de maracujá para a merenda escolar. Sem esse apoio, parte da produção tem ficado restrita a feiras, mercados, lanchonetes e cooperativas dentro do Acre.
Amilton se mostrou preocupado com a possibilidade de perdas significativas para os agricultores locais, caso a situação não seja revertida. O gestor disse que já busca alternativas junto aos órgãos do estado para evitar que o esforço dos produtores se transforme em prejuízo. “Seguimos esperando pela sensibilidade das nossas autoridades e principalmente da população que possa consumir esses produtos e ajudar essas pessoas que precisam”, disse.
