Por Wanglézio Braga
A produtora de leite Andreza Sherloski, radicada em Epitaciolândia, fala com a autoridade de quem nasceu no campo e aprendeu o ofício com o pai, ainda no Paraná, antes de vir pequena para o Acre. Há cerca de dez anos, ela transformou o leite em sua principal fonte de renda, à frente do Rancho Nova Era. Atualmente, mantém 25 vacas, sendo 10 em lactação, e aposta em melhoramento genético para aumentar produtividade e qualidade.
Andreza acredita que o Acre tem um potencial enorme na pecuária, mas ainda enfrenta entraves que freiam o desenvolvimento. “A nossa pecuária está muito atrasada. Falta incentivo político e mais interesse dos produtores em fazer mudanças. São pequenas ações no dia a dia que geram lucros imensos”, afirmou hoje (30) em entrevista ao Portal Acre Mais durante o VI CIPEL – Congresso Internacional de Pecuária Leiteira da Amazônia Ocidental.
Ela destaca ainda a necessidade de ampliar o acesso à assistência técnica no campo. “Existe assistência, mas é pouco acessível. E tem também a cultura do produtor de ser fechado à mudança, porque a gente vem de uma pecuária extensiva, tradicional. É preciso se abrir mais para novas práticas”, observa.
Com otimismo e espírito empreendedor, Andreza segue apostando na inovação sem perder as raízes. “Eu nasci no pé da vaca”, brinca, lembrando que foi no Rancho Nova Era que consolidou o sonho de viver do leite e mostrar que o Acre pode, sim, ser referência em pecuária leiteira.
