Por Wanglézio Braga
A chegada da Aprosoja já movimenta o setor produtivo do Acre. Em entrevista ao Portal Acre Mais concedida nesta terça-feira (29), Judson Valentim, coordenador da Câmara Técnica de Agronegócio do Fórum Empresarial do Acre, disse que a entidade vai permitir que os produtores atuem de forma coletiva, com mais força para cobrar políticas públicas que melhorem as condições de escoamento, infraestrutura e armazenagem da produção.
Segundo Valentim, um dos principais gargalos da cadeia produtiva da soja são os ramais. “Quem está na beira da BR ainda consegue tirar a produção, mas os que estão nos ramais sofrem muito, especialmente nos meses de janeiro e fevereiro”, alertou.
Com a Aprosoja, a expectativa é de que as reivindicações por melhorias nessas estradas ganhem mais peso junto ao governo. Outra demanda urgente é a ampliação da capacidade de armazenagem. Para isso, muitos produtores precisam de rede elétrica mais robusta. “Você não instala um silo com rede de baixa capacidade. É preciso investimento em infraestrutura energética também”, explicou Valentim.
Com a Aprosoja, os produtores acreanos deixam de atuar de forma isolada e passam a contar com uma entidade que fortalece a representatividade da cadeia produtiva da soja. A organização chega para somar e ajudar o Acre a dar um salto na produção com base em planejamento, união e voz ativa nas decisões políticas do setor. A instalação da entidade no Acre acontece na última noite da Expoacre, no domingo (03).