Por Wanglézio Braga
Com a alta no preço do açaí em Rio Branco, os consumidores buscam alternativas para driblar o aumento e continuam apreciando polpas regionais. Segundo Rose Araújo, vendedora de polpas no Mercado Elias Mansour, na capital, a chegada dos primeiros carregamentos de patoá — uma fruta similar ao açaí — entre setembro e outubro alivia o impacto da elevação de preços.
Os principais produtores de patoá vêm de Cruzeiro do Sul e da região do Envira, garantindo o abastecimento na cidade nesse período de entressafra do açaí.
Além do patoá, outra opção que tem se destacado entre os consumidores é a bacaba, cujas polpas oferecem sabor e textura similares. Enquanto o litro do patoá custa, em média, R$ 15, o preço do açaí, que vem de plantios na região do Abunã, em Rondônia, subiu de R$ 15 para R$ 20 e até R$ 23 reais.
Legenda: Patoá serve como alternativa de consumo nessa entressafra (Foto: Wanglézio Braga)
Para garantir o mínimo do açaí no mercado local, algumas empresas de polpas têm contratos com fazendas da região de Rondônia para garantir o fornecimento durante o ano, sendo esse açaí chamado de “nativo”. No entanto, a preferência dos acreanos é pelo açaí “da mata”, conhecido por ter um sabor mais forte e tradicional, mas que fica escasso durante a entressafra.
“Nós trouxemos quase 100 litros de patoá da regional de Cruzeiro do Sul, mas, quando chega aqui, não demora três dias e já tem acabado”, contou Rose. A entressafra do açaí deve terminar no final de janeiro, e, até lá, o patoá e a bacaba se destacam como opções para quem busca alternativas locais e acessíveis.