Por wanglézio Braga
À medida que Belém se prepara para sediar a COP30, em novembro, os produtos da floresta amazônica estão ganhando destaque — e encarecendo nas feiras e mercados da região. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostram que as frutas típicas e a castanha-do-Brasil registraram aumentos expressivos ao longo de 2025, reflexo da valorização do extrativismo e também da alta demanda pelo consumo sustentável.
Entre as frutas, o cupuaçu lidera o ranking das altas. O quilo da polpa, que custava cerca de R$ 5,50 em outubro de 2024, ultrapassou R$ 12 em setembro deste ano — uma valorização de 117%. A pupunha, o piquiá e o bacuri também seguem o mesmo caminho, com aumentos que variam de 10% a 30%. Em Belém, as pesquisas foram realizadas em dez feiras e mercados tradicionais, mostrando que os produtos da floresta estão se tornando itens de luxo para o consumidor local.
Mas o destaque vai mesmo para a castanha-do-Brasil, também conhecida como castanha-do-pará, que praticamente dobrou de preço em menos de um ano. Em janeiro, o quilo era vendido a R$ 80; agora, custa R$ 200, um valor que reflete tanto o interesse crescente do mercado internacional quanto os desafios de produção e logística na região amazônica.