Por Wanglézio Braga
Com uma rotina que começa cedo e termina tarde, o vendedor de biscoitos Rosinaldo Feijó percorre cerca de 8 quilômetros diariamente pelas ruas de Rio Branco, a capital do Acre, para levar sua produção artesanal aos consumidores. Os biscoitos são variados, com base em amido de milho e com sabores como goiabada, castanha, coco, maracujá, brigadeiro e tradicional, conquistando o público local e garantindo o sustento da família.
A história começou há 16 anos, quando, após o nascimento de sua filha mais nova, o vendedor decidiu resgatar a receita familiar de biscoitos, criada por sua mãe. “Comecei com 50 pacotes, e hoje vendemos cerca de mil latas por mês. É o que sustenta minha família”, conta ele ao Portal Acre Mais. Atualmente, Feijó trabalha ao lado de sua sogra na produção. Enquanto ele prepara as massas, ela corta, assa e embala os biscoitos, formando uma parceria que tem dado muito certo.
Foto legenda: Rosinaldo, o vendedor que transforma biscoitos em sustento e esperança (Fotos: Wanglézio Braga)
O dia a dia é intenso. Ele sai para vender pela cidade de segunda a sábado, circulando em locais como o Bosque, toda a região central, o Mercado Velho e o Terminal Urbano. A produção é feita em casa, localizada em sua residência no Portal da Amazônia, e de lá ele parte para suas vendas. Muitas vezes, o almoço acontece rapidamente na rua, entre uma venda e outra.
Além da receita original, Rosinaldo se dedicou a diversificar os sabores e garantir a qualidade dos produtos, o que o ajudou a construir uma base fiel de clientes. “Tenho consumidores que começaram a comprar comigo quando eram crianças e hoje já são adultos. Isso me dá muito orgulho”, afirma.
Foto legenda: O vendedor que percorre 8 km por dia levando sabor e histórias pelas ruas de Rio Branco (Foto: Wanglézio Braga)
Mesmo enfrentando desafios, como longas horas de trabalho, problemas de saúde e a distância da mãe, que mora em Rondônia, o vendedor vê no biscoito uma oportunidade de construir uma vida melhor para sua família. Com a renda gerada, que varia entre R$ 7 e R$ 8 mil reais por mês, ele conseguiu garantir educação e suporte para suas filhas, uma delas formada como técnica de enfermagem.
Sobre sua trajetória, ele deixa uma mensagem de incentivo para quem também sonha em empreender: “As pessoas precisam acreditar nelas mesmas. Obstáculos virão, mas eles servem para nos fazer crescer. Com dedicação e força de vontade, é possível vencer”.