Por Wanglézio Braga com informações do Correio Online
Em entrevista conduzida pela jornalista Marcela Jansen, o prefeito de Porto Acre, Máximo Costa, expôs os desafios enfrentados por sua gestão diante do rigoroso inverno amazônico que afeta diretamente o agronegócio. O principal entrave, segundo ele, é o acesso aos ramais, que ficam intrafegáveis com as chuvas intensas, comprometendo o escoamento da produção rural e o deslocamento de moradores. “As pontes cedem, os trechos alagam, e os produtores ficam isolados, sem conseguir nem mesmo acessar serviços básicos”, declarou.
Porto Acre tem na agricultura familiar, hortifrútis e pecuária de pequeno porte os motores de sua economia. Por isso, a manutenção dos ramais é prioridade absoluta. O prefeito reconheceu que herdou contratos da gestão anterior, mas ressaltou que a situação exige respostas emergenciais. “Temos pontes danificadas e famílias que passaram semanas isoladas. Mesmo assim, mobilizamos equipes para garantir acesso mínimo e suporte à zona rural”, reforçou.
Além das ações emergenciais, a prefeitura já trabalha para firmar novos convênios com os governos estadual e federal, visando ampliar investimentos em infraestrutura rural. A meta é recuperar os principais ramais de produção e investir na mecanização agrícola. “Nossa base é produtiva. São famílias que enfrentam dificuldades, mas continuam plantando e colhendo. Nosso papel é dar condições para que esse esforço chegue ao consumidor”, disse o prefeito.
A gestão também aposta em parcerias estratégicas, como a firmada com o Sebrae, para fortalecer ações de capacitação, acesso a crédito e inserção dos produtos locais em programas como a merenda escolar e feiras públicas. A expectativa da prefeitura é de que, com a chegada do verão amazônico, haja um avanço expressivo nas frentes de trabalho no campo, incluindo apoio à agroindustrialização e à regularização fundiária.
