Por Wanglézio Braga
Durante a 1ª Expo Fronteira, em Assis Brasil, produtores rurais da região e da faixa de fronteira com o Peru e a Bolívia participaram de uma palestra importante sobre os cuidados contra uma nova praga que ameaça a mandioca. A engenheira agrônoma Ligiane Amorim, do órgão de defesa agropecuária e florestal do Acre, explicou os riscos da doença conhecida como vassoura-de-bruxa (fungo Ceratobasidium theobromae), já registrada no Estado do Amapá, mais precisamente na cidade do Oiapoque.

Segundo a especialista, a praga pode se espalhar com facilidade por meio de mudas ou manivas contaminadas. Por isso, ela destacou a importância da prevenção e da informação para evitar prejuízos. “Se o produtor conhecer a doença, ele saberá identificar os primeiros focos e notificar os órgãos competentes, o que é fundamental para o controle e a erradicação caso chegue ao Acre”, afirmou.
Ligiane lembrou ainda que qualquer introdução de novas variedades de mandioca deve ser feita com responsabilidade. “É preciso ter a certificação de que essas mudas vêm de áreas livres da praga. A sanidade do material é a garantia de que a doença não será trazida para o nosso estado”, alertou.
Ela afirma que ainda não há registros da doença no Acre, mas reforçou que técnicos já estão cadastrando propriedades e realizando visitas periódicas para acompanhar possíveis ocorrências. A educação sanitária e o monitoramento, segundo o órgão, são estratégias fundamentais para proteger a mandiocultura acreana e garantir a segurança alimentar da região.