Por Wanglézio Braga
Apesar da colheita farta e da boa qualidade das frutas, o mercado de maçãs na Central de Abastecimento (Ceasa) de Rio Branco registrou queda de volume em fevereiro de 2025, segundo o Boletim Hortifrutigranjeiro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Foram comercializados 24.840 quilos no mês, o menor volume em um ano. Em janeiro, haviam sido 26.928 kg e, em fevereiro de 2024, 32.710 kg.
O recuo nas vendas ocorre mesmo diante de uma safra considerada superior à do ano anterior, com maçãs maiores e de aparência mais atrativa. A variedade gala, que antecede a colheita da fuji, chegou aos mercados com força, impulsionada por um clima mais favorável: mais chuvas e maior número de horas-frio para as macieiras, segundo a Conab.
Mas esse aumento na oferta não se refletiu em maior comercialização, justamente porque as empresas classificadoras de frutas optaram por estocar parte da produção. A estratégia foi manter o controle da quantidade de maçãs no mercado, evitando uma queda ainda mais acentuada nos preços ao consumidor final.
A movimentação da Ceasa em Rio Branco reflete o cenário observado em outros entrepostos do país, onde o bom desempenho agrícola esbarrou na cautela comercial. A maçã, apesar da alta qualidade, teve sua circulação restringida de forma proposital, em um esforço para manter o mercado equilibrado.