Por Wanglézio Braga
O produtor rural do Acre agora tem o sinal verde do governo federal para apostar na mamona como alternativa de renda na safra 2025/2026. A cultura, que é rústica e tolera bem os períodos de seca, teve seu Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) aprovado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última quinta-feira (12).
Segundo a portaria, a mamona se adapta bem ao nosso clima, com temperaturas entre 20°C e 35°C, e responde melhor em solos bem drenados — nada de barro puro. O plantio ideal vai de janeiro a dezembro, com janelas decendiais (de 10 em 10 dias), respeitando o risco climático. O produtor precisa ficar de olho na época certa para plantar e colher, principalmente para fugir das chuvas prolongadas que favorecem doenças como o mofo cinzento, que não tem cura e destrói lavoura inteira.
A mamona tem grande valor comercial por causa do óleo que sai das suas sementes, podendo alcançar até 49% de rendimento. Isso significa uma nova porta para quem quer diversificar a produção, principalmente nas áreas já consolidadas segundo o Zoneamento Ecológico-Econômico do estado. Mas é bom lembrar: só vale plantar com acompanhamento técnico e seguindo a cartilha correta — do tipo de solo até o controle de pragas e plantas daninhas.
Os municípios aptos ao cultivo já estão listados no sistema do Ministério da Agricultura, no Painel de Indicação de Riscos. Quem quiser conferir deve acessar o site do Zarc Oficial, escolher a safra 2025/2026, selecionar a cultura “mamona” e seguir as instruções. É a chance do agricultor acreano dar um passo a mais rumo à produção sustentável e com boa margem de lucro.
