Por Wanglézio Braga
Em mais um golpe duro para o já fragilizado setor gastronômico de Rio Branco, a Cantina Confraria, um dos pontos mais queridos e icônicos da capital acreana, anunciou que encerrará suas atividades no próximo dia 29 de março. A notícia, divulgada por meio das redes sociais do estabelecimento, pegou de surpresa clientes fiéis e admiradores da casa, que por uma década fez parte da vida boêmia e cultural do Parque da Maternidade.
Com um tom melancólico e ao mesmo tempo grato, a publicação da Confraria destacou que ciclos se encerram para que outros possam começar. “Nos deem o prazer de revê-los”, diz o convite emocionado, chamando o público para aproveitar os últimos dias de funcionamento, de quarta a sábado, mantendo a programação habitual.
A Confraria não foi apenas uma cantina: foi palco de encontros inesquecíveis, de celebrações entre amigos e familiares, e de uma atmosfera única que misturava boa gastronomia, cultura e aquele clima acolhedor que só lugares com alma conseguem ter. Nas palavras dos responsáveis pelo espaço, a gratidão se estende aos clientes, parceiros e colaboradores que ajudaram a construir a trajetória do empreendimento, transformando-o em um verdadeiro refúgio de felicidade.
O anúncio do fechamento da Confraria reacende a preocupação com a constante debandada de empreendimentos em Rio Branco, em especial no setor de bares e restaurantes, que enfrenta uma dura batalha para se manter em meio a altos custos operacionais, instabilidades econômicas e mudanças no comportamento de consumo pós-pandemia. E principalmente a “perseguição” de certos setores dos poderes do Acre.
Com o fim da Confraria, Rio Branco perde mais do que um restaurante: perde um pedaço de sua memória afetiva, de sua identidade cultural e de seu roteiro de lazer. A despedida promete ser carregada de emoção, com clientes antigos e novos fazendo questão de marcar presença nos últimos dias desse ciclo.
