Por Wanglézio Braga
O lançamento do II Festival da Macaxeira de Rio Branco aconteceu nesta sexta-feira, 19, no Horto Florestal, mas já gerou polêmica antes mesmo de começar. Isso porque a programação divulgada pela prefeitura dá um grande destaque a atrações de cunho religioso do que à valorização da produção agrícola. O equipe da prefeitura confirmou que a abertura será com forró gospel e que haverá até concurso de canção gospel dentro da agenda oficial. A coletiva foi acompanhada pela Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa), parceira no evento.
Nesta edição, o evento que deveria ser uma vitrine do agronegócio terá um orçamento próximo a R$ 1 milhão de reais, mas sem shows nacionais. Outro ponto criticado é a cobrança de estacionamento, que pode afastar parte do público, pois afinal, a região do Horto Florestal não comporta estacionamentos apropriados. Uma taxa será cobrada para o estacionamento de veículos dentro do Horto Florestal. O valor da taxa não foi informado.
Nas redes sociais, internautas questionaram o local da festa e a relevância do evento, lembrando até da polêmica fala do próprio prefeito sobre as obras inacabadas de casas de farinha que recebiam verbas parlamentares para conclusão: “Casa de farinha pra quê?”. Agora, o comentário virou “Festival pra quê?”.
Em resposta, o prefeito Tião Bocalom (PL) disse que a ideia é dar continuidade ao Festival da Macaxeira iniciado no ano passado e que o Festival da Farinha já pertence a Cruzeiro do Sul. Para ele, a iniciativa é importante porque o consumo de macaxeira faz parte da cultura alimentar local. “O festival é para ser a vitrine do alimento que o povo acreano come muito”, justificou.
Apesar das críticas, o prefeito defende o investimento como uma forma de movimentar a economia da capital. Segundo ele, o evento favorece comerciantes e pequenos empreendedores, além de ser uma oportunidade de lazer para a população. “A prefeitura não vive só de obras, precisa de dinheiro circulando e o festival ajuda nisso”, destacou.
