Por Wanglézio Braga
O governador Gladson Cameli (PP) vetou, nesta quinta-feira (2), uma emenda polêmica ao Projeto de Lei nº 145/2024, que estabelece o orçamento do Estado para 2025. A proposta, de autoria do deputado Tadeu Hassem, pretendia remanejar R$ 300 mil da Secretaria de Estado de Agricultura (SEAGRI) para o Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação dos Serviços Ambientais (IMC). O veto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).
O remanejamento orçamentário levantou preocupações imediatas no setor agrícola, que desempenha um papel estratégico na economia do Acre. Os R$ 300 mil seriam retirados de um orçamento já considerado insuficiente para atender às demandas crescentes de pequenos e médios produtores rurais, que dependem do apoio da SEAGRI para programas como mecanização agrícola, assistência técnica e subsídios à produção.
Representantes do setor destacam que a agricultura é a espinha dorsal da economia acreana, sustentando milhares de famílias no campo e contribuindo diretamente para o abastecimento alimentar das cidades.
Na mensagem enviada à Assembleia Legislativa, o governador Gladson Cameli argumentou que a emenda foi proposta sem diálogo prévio com o Executivo, impossibilitando uma análise técnica detalhada sobre o impacto do remanejamento. “Essa alteração prejudica o planejamento orçamentário previamente estabelecido e pode comprometer ações prioritárias da SEAGRI”, explicou Cameli.
O governador ressaltou ainda que, embora reconheça a importância do Instituto de Mudanças Climáticas, as mudanças não podem ser feitas às custas de setores fundamentais como a agricultura.

O Que Vem a Seguir
O veto será submetido à análise dos deputados estaduais, que poderão mantê-lo ou derrubá-lo em plenário. Enquanto isso, lideranças do setor agrícola pressionam por mais clareza nas decisões orçamentárias e por um compromisso firme com o fortalecimento da produção rural.
O Portal Acre Mais seguirá acompanhando os desdobramentos deste caso, que coloca em jogo não apenas o futuro do orçamento estadual, mas também as prioridades econômicas do Acre.