Exploração madeireira no Acre recua 49%, aponta Rede Simex

Por Assessoria/ Foto: Ilustração

A exploração madeireira monitorada no Acre apresentou queda expressiva no período analisado pelo Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex). Foram 5.300 hectares mapeados com atividade madeireira, uma redução de 49% em relação ao levantamento anterior. A análise também indica um dado-chave para a governança florestal: 100% da área observada estava autorizada, mantendo a tendência de alta regularidade no estado nos últimos anos. 

Os dados são da Rede Simex, iniciativa formada por Imazon, Imaflora e ICV, que expandiu o monitoramento da exploração madeireira na Amazônia a partir de imagens de satélite. Criado em 2008, o Simex avalia a exploração madeireira e sua conformidade com autorizações de Manejo Florestal Sustentável, contribuindo para diferenciar o que é atividade manejada e licenciada do que é exploração predatória e sem controle. 

No Acre, a exploração identificada ocorreu majoritariamente em imóveis rurais privados (96%), com 4% em assentamentos rurais. Outro destaque do levantamento é territorial: toda a exploração se concentrou em apenas quatro municípios – Feijó, Mâncio Lima, Acrelândia e Sena Madureira. Além disso, não foram observadas explorações em Terras Indígenas e Unidades de Conservação no recorte monitorado.

Para especialistas, esse conjunto de indicadores reforça o papel do monitoramento contínuo para orientar políticas públicas, fiscalização, transparência e cadeias produtivas que exigem rastreabilidade. “O Acre vem mostrando, de forma consistente, que é possível aumentar o controle e a transparência sobre a exploração madeireira. Quando o monitoramento aponta 100% de área autorizada, isso sinaliza uma governança mais robusta – mas também reforça a necessidade de manter vigilância permanente e qualificar a gestão territorial, especialmente nos municípios onde a atividade se concentra”, afirma Leonardo Sobral, diretor de Florestas e Restauração do Imaflora. 

“Os dados do Simex ajudam a localizar o fenômeno: quem está explorando, em que tipo de território e onde estão os focos. No Acre, o fato de a exploração estar concentrada em quatro municípios e ocorrer majoritariamente em imóveis privados é um chamado para ações mais direcionadas, combinando licenciamento, fiscalização, assistência técnica e transparência, para manter a regularidade e evitar pressão sobre áreas sensíveis”, explica Júlia Niero, analista técnica do Imaflora.

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