Por Wanglézio Braga/ Foto: Sérgio Vale, Agência Aleac
A crise na comercialização da produção agrícola chegou a um ponto crítico para os produtores de maracujá do município de Capixaba. Durante uma reunião nesta terça-feira (18) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a presidente a presidente da Cooperativa dos Produtores e da Associação Unidos para Vencer do Assentamento Campo Alegre, Nilva da Cunha de Lima, fez um relato alarmante sobre a situação enfrentada por mais de 100 famílias que dependem da venda da fruta.
“Não é justo você trabalhar e não ter para quem escoar. O governo não compra, e desde setembro não conseguimos vender nada para a Secretaria de Educação. Estamos com seis câmaras frias abarrotadas e tivemos que suspender porque não cabe mais nada”, desabafou Nilva.
Segundo a líder da cooperativa, a única alternativa encontrada foi bater de porta em porta nos mercados locais, implorando para que adquirissem a produção, mas isso não tem sido suficiente. “Durante 30 dias, muitos produtores perderam suas colheitas porque não há como escoar. Tem agricultor que entrega de 3 a 5 toneladas por vez, e nós estamos puxando 21 mil quilos por semana”, revelou.
A pior parte, segundo ela, ainda está por vir. “A safra grande começa em abril, e não sabemos o que fazer.” Além do prejuízo com as frutas que estão se acumulando, os produtores ainda precisam arcar com notas de maquinários e implementos agrícolas adquiridos para fortalecer a produção.