Por Wanglézio Braga
Durante o Workshop Regularização Ambiental em Foco, realizado hoje (27) na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (FAEAC), o presidente da entidade, Assuero Veronez, voltou a criticar a assinatura de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) entre produtores ou frigoríficos e órgãos de controle ambiental. O evento reuniu autoridades e pesquisadores para apresentar a plataforma Selo Verde e discutir a regularização ambiental.
“Somos contra qualquer assinatura de TAC para o produtor ou frigorífico. Depois que assina, é problema certo”, declarou Assuero, ao citar convites recentes de instituições como o Ministério Público Federal (MPF) e o Instituto Amazon. Segundo ele, a experiência de outros estados, como o Pará, mostra que esse tipo de acordo acaba gerando mais insegurança jurídica do que soluções práticas para o setor produtivo.
Veronez defendeu que as negociações com mercados compradores devem ocorrer de forma direta, com base nas exigências de exportação, e não por meio de imposições judiciais. “Cada um deve vender seu produto de acordo com as exigências do mercado, mas TAC tem sido um problema muito sério”, ressaltou.
Ao final, o presidente da FAEAC lembrou que o Acre é um estado com 85% de floresta preservada, destacando que a realidade local é diferente de outras regiões amazônicas. “Temos apenas 15% de área desmatada. É preciso olhar o Acre com justiça, e não aplicar a mesma régua usada em outros estados”, concluiu.
