Por Wanglézio Braga
As flores que enfeitam casamentos, aniversários e até funerárias no Acre fazem uma longa viagem antes de chegar às mãos dos acreanos. Vindas de São Paulo, elas cruzam o país inteiro até desembarcarem na Ceasa de Rio Branco, onde empresas como a de Jesus Cabral, representante comercial, garantem que o estado não fique de fora do mercado ornamental. Segundo ele, uma carreta cheia de flores e plantas chega toda semana, abastecendo todos os municípios acreanos e até algumas cidades do Amazonas, como Eirunepé.

Jesus explica que o hábito de presentear e ornamentar com flores naturais ainda está se firmando entre os acreanos, mas o mercado já mostra vitalidade. “O pessoal aqui está começando a gostar, a valorizar as flores, e isso tem movimentado o comércio. Graças a Deus, está dando pra gente trabalhar bem”, comenta. Entre as espécies mais procuradas estão as rosas — especialmente as vermelhas —, crisântemos, gérberas, antúrios e calandivas, além de plantas frutíferas e de jardim como a ixória e o podocarpo.

A logística, segundo ele, é o maior desafio. As flores são delicadas e exigem transporte cuidadoso, especialmente nas longas viagens até o Acre. “O transporte é caro e precisa de atenção, mas a gente consegue trazer em bom estado. O caminhão chega na Ceasa e os clientes retiram direto aqui, o que facilita muito”, explica o representante.
O setor movimenta mais de 20 pessoas diretamente, entre vendedores, motoristas, ajudantes e distribuidores. E, mesmo com as dificuldades, o otimismo floresce. “As flores falam por si. Elas trazem alegria, esperança e renda para muitas famílias. Quem trabalha com floricultura no Acre está vendo que vale a pena investir”, conclui Jesus.

