Por Wanglézio Braga
O abacate, que chegou a ser considerado um item de luxo nas feiras e supermercados de Rio Branco, teve uma queda vertiginosa no preço nas últimas semanas. Após meses em alta, o quilo do fruto caiu para R$ 8,99, um alívio considerável para os consumidores, especialmente quando comparado ao valor estratosférico de R$ 28,99 registrado em novembro e mantido até o final de dezembro de 2024.
O início do ano trouxe um cenário mais favorável, com o preço caindo para R$ 18 na primeira semana de janeiro e atingindo o valor atual graças à entrada massiva da espécie “Quintal”. Com produção comum em propriedades agrícolas do Acre e de regiões próximas, essa variedade tem barateado os custos, ao contrário dos abacates oriundos do Sul e Sudeste do Brasil, que, até então, dominavam o mercado local.
A diferença é sentida no bolso dos consumidores. “Fazia meses que não comprava abacate, só olhava e passava longe. Agora deu para levar para casa e até fazer uma vitamina no café da manhã”, contou a dona de casa Maria de Lourdes, em supermercado da cidade.
Especialistas apontam que o aumento da oferta regional é o principal fator para a redução do preço, uma demonstração de como a agricultura local pode impactar diretamente o custo de vida. No entanto, a queda também acende o alerta para os produtores de fora do estado, que enfrentam dificuldades para competir com a abundância da espécie “Quintal” em solo acreano.
Com o preço em baixa, o abacate volta a ser um ingrediente acessível, saindo das prateleiras para as mesas das famílias de Rio Branco. A questão que permanece é: o valor se estabilizará ou voltará a disparar nos próximos meses? Enquanto isso, os consumidores aproveitam o momento, transformando o fruto em protagonista de sucos, saladas e receitas típicas da culinária regional.