Por Wanglézio Braga
A Cooperacre iniciou um planejamento de longo prazo para fortalecer a cadeia do cacau no Acre, com previsão de ingressar na fase industrial a partir de 2028. Segundo o superintendente Manoel Monteiro, antes de chegar à etapa de transformar o fruto em produtos de maior valor agregado, é necessário organizar o campo — isso inclui trazer clones mais produtivos, testar espécies, aprimorar o manejo e garantir que todo o plantio siga critérios técnicos e ambientais.
Monteiro destaca que o trabalho começa pela base: assistência técnica, orientação agronômica e conscientização do produtor sobre a importância de manter a floresta em pé. O objetivo é que a cacauicultura avance sem abrir novas áreas e gere renda de forma sustentável. “A gente compra de pessoas e vende para pessoas. Tudo que fazemos é para gente. Por isso, temos que cuidar do produtor e ajudá-lo a produzir sem agredir a floresta”, explicou ao Portal Acre Mais.

Além dos futuros investimentos em máquinas e estrutura industrial, a Cooperacre pretende capacitar agricultores para todas as etapas da cultura: desde o plantio e manejo até a colheita correta, secagem e comercialização. A expectativa é que, com técnica e organização, o Acre conquiste espaço no mercado do cacau, aproveitando o potencial climático e a experiência das famílias que já trabalham com sistemas agroflorestais.
Com esse planejamento, a cooperativa acredita que a cadeia poderá se tornar um novo pilar econômico para o estado, diversificando fontes de renda e fortalecendo as comunidades rurais. “A meta é unir tecnologia, produção responsável e mercado, garantindo que o produtor cresça sem abrir mão da preservação ambiental“, concluiu.
