Por Wanglézio Braga/ Fotos: Reprodução Instagram/ Cooperacre
O agronegócio do Alto Acre está ganhando novos ares com os projetos encabeçados pela Cooperacre, que tem apostado em cinco importantes cadeias produtivas: castanha, borracha, frutas, palmito e café. Sob a liderança de De Araújo, presidente da Cooperacre e diretor-geral do Festival Internacional da Castanha (FIC) 2025, a cooperativa tem trabalhado intensamente para superar desafios e levar desenvolvimento aos produtores da região.
Um dos maiores entraves apontados pelo presidente é a falta de organização comunitária e as condições precárias dos ramais, que dificultam o escoamento da produção. “Estamos promovendo essa junção entre a cooperativa e o poder público para compartilhar e buscar soluções para as necessidades dos nossos produtores. O transporte é fundamental para que nossa produção chegue com qualidade aos mercados consumidores”, afirmou.
Apesar das dificuldades, trabalhar com a castanha traz um sabor especial, segundo De Araújo. “Comprar a castanha dos nossos produtores com preço justo garante não apenas a manutenção da floresta em pé, mas também a qualidade do ar que o mundo inteiro respira. Isso é algo que não tem preço”, disse o dirigente, destacando a importância da preservação ambiental atrelada ao desenvolvimento econômico.
A Cooperacre, que hoje congrega 12 cooperativas singulares distribuídas pelo estado, oferece aos produtores um caminho para o fortalecimento de suas atividades. “O produtor pode se filiar a essas cooperativas singulares. A Cooperacre em si filia apenas pessoas jurídicas, mas garantimos que todos tenham acesso a essa rede de apoio”, explicou.
Entre as grandes novidades para este ano está a inauguração da maior indústria de copas de castanha e frutas do Acre e da região Norte, prevista para agosto. “Essa estrutura vai potencializar nossa capacidade de processamento e abrir novos mercados para os produtos do Alto Acre”, comemorou De Araújo.
Outro foco de investimento é a cadeia produtiva do café, que vem ganhando espaço entre os agricultores familiares e extrativistas. “Nosso objetivo é diversificar e fortalecer cada vez mais as cadeias produtivas. Além da castanha, que já tem uma base sólida com nossas indústrias, estamos apostando forte na borracha, frutas e café. Esses são projetos que trarão renda, emprego e desenvolvimento para toda a região”, destacou.
