Por Wanglézio Braga
O Concurso QualiCafé vem chamando atenção dos produtores do Acre. Durante avaliação que começou hoje (10), o engenheiro agrônomo Jean Santos, degustador credenciado pelo Ministério da Agricultura, explicou como funciona o processo de classificação dos grãos. Segundo ele, o café é analisado em diferentes etapas que vão desde o tipo de grão até o sabor final na xícara.
De acordo com Santos, o primeiro passo é dividir o café em grupos, arábica e robusta. Depois, os grãos passam por peneiras que determinam o tamanho. Essa informação é essencial para quem vai torrar o café, pois define a qualidade e a uniformidade do produto. Em seguida, vem a famosa “prova da xícara”, momento em que se avalia o sabor e o aroma da bebida.

Outro ponto importante é a contagem de defeitos nos grãos. Problemas de manejo, como falhas na nutrição, ataques de pragas ou erros na secagem, deixam marcas visíveis. A fermentação, por exemplo, é considerada um defeito grave porque compromete totalmente o gosto. “A gente quer que o café tenha gosto de café”, destacou o classificador.
Apesar dos desafios, o especialista garante que o Norte do Brasil produz cafés de qualidade e com potencial de surpreender no mercado. Questionado sobre quem leva vantagem, se Rondônia ou Acre, ele foi direto: “O melhor café é aquele que foi bem cuidado desde a lavoura até a xícara. Esse é o café especial”.
