Por Wanglézio Braga
No Bujari, interior do Acre, a Companhia de Rodeio 8 Segundos vem se consolidando como referência no cenário do rodeio estadual. À frente do negócio, o tropeiro Ivanclécio comemora os resultados recentes: bicampeão do melhor boi da Expoacre e campeão do melhor touro no ano passado. Segundo ele, o segredo está no manejo diário. “É tratar bem os touros, cuidar no dia a dia. O resultado vem”, resume, com a simplicidade de quem vive a rotina do curral.

O trabalho começa cedo, ainda com os animais novos. Ivanclécio explica que os touros passam por testes, mansidão e adaptação gradual até entrarem em contato com os competidores. Só os que se destacam seguem carreira nas arenas. “Quando forma e vira adulto, aí sim começo a levar para os rodeios”, conta. Para o produtor rural, o boi de rodeio é um atleta, que exige cuidado, alimentação e observação constante.
Sobre o cenário do rodeio no Acre, a avaliação é positiva. Em 2025, segundo Ivanclécio, as competições não deixaram a desejar, com premiações que chamam atenção dos competidores, como caminhonetes, motos e outros prêmios importantes. “Tem rodeio com duas caminhonetes, outros com três motos. Na minha cidade foi uma moto. Isso valoriza quem está na arena”, afirma.
Apesar do crescimento, o tropeiro defende mais incentivo do poder público. Para ele, o rodeio ainda recebe menos atenção que outros esportes, mesmo movimentando a economia local. “O rodeio gira dinheiro, traz gente, movimenta praça de alimentação, gera diversão e é esporte de família”, destaca.
