Por Wanglézio Braga
Os cafezais do Acre enfrentaram um 2024 de grandes provações, marcado por secas severas e temperaturas elevadas, exigindo paciência e resiliência dos produtores. Em entrevista ao jornalista Victor Augusto, editor-chefe do TV Norte Agro, a diretora da Secretaria Estadual de Agricultura (SEAGRI), Michelma Lima, destacou os impactos climáticos e as perspectivas para 2025.
De acordo com Michelma, os últimos ciclos do café no estado foram fortemente prejudicados por condições climáticas adversas, principalmente durante a fase crucial da florada. “Tivemos casos de flores e frutos abortados devido à seca, o que reduziu a produtividade potencial das lavouras”, explicou. Apesar disso, as recentes chuvas, que chegaram no final de 2024 e início de 2025, trouxeram alívio para o setor.
Outro ponto positivo apontado foi a adaptação dos robustas amazônicos, variedade cultivada no Acre, que apresenta uma plasticidade impressionante. “Mesmo com a produção reduzida, os grãos que permanecem tendem a ser maiores e mais nutridos, equilibrando o rendimento total”, destacou Michelma. Além disso, novas áreas de cultivo implantadas recentemente começam a mostrar resultados promissores, ampliando o potencial produtivo do estado.
Os desafios climáticos têm reforçado a necessidade de investir em técnicas de manejo sustentável e infraestrutura de irrigação para minimizar os impactos futuros. Enquanto isso, os produtores seguem otimistas com o cenário atual, celebrando as chuvas que prometem fortalecer as lavouras e garantir uma safra mais robusta em 2025.