Por Wanglézio Braga
Com a elevação do nível do Rio Juruá nas últimas semanas, equipes da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) de Cruzeiro do Sul se mobilizaram para realizar um levantamento nas comunidades ribeirinhas da região. Os técnicos percorreram localidades em Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves a bordo de uma voadeira, verificando de perto a situação das plantações e identificando áreas vulneráveis ao impacto da cheia.
Entre os pontos visitados estão Estirão da Variante, Boca do Môa, Praia Grande, Nova Cintra, Seringal Luzeiro, entre outros, onde vivem pequenos agricultores que dependem diretamente da agricultura de subsistência.
As visitas confirmaram que as lavouras de mandioca, milho, cana-de-açúcar e banana — culturas de grande importância econômica e alimentar para a região — não sofreram prejuízos significativos até o momento. Parte da produção já foi colhida e outra parte está em fase final, destinada ao consumo das famílias e à venda no comércio local. Pequenas áreas de pastagem com criação de gado também foram observadas, evidenciando a diversificação da produção nas margens do rio.
Apesar do cenário aparentemente sob controle, os técnicos identificaram pontos críticos com risco de desbarrancamento, que podem comprometer lavouras, cercas e até residências em caso de novos episódios de chuva intensa.
“A Seagri concluiu que, neste momento, não há prejuízos graves na produção agrícola ou na infraestrutura das comunidades, mas a possibilidade de alagamentos futuros permanece caso o volume de chuvas aumente”, informou a pasta ao Portal Acre Mais.
Diante disso, os técnicos reforçaram a importância de manter vigilância contínua e fortalecer a comunicação entre produtores, cooperativas e órgãos públicos para garantir uma resposta rápida e eficaz em caso de emergência.