Por Wanglézio Braga
Durante o VIII Simpósio Acadêmico de Engenharia Agronômica da Ufac, o doutor em Fitotecnia e engenheiro agrônomo mineiro, Igor de Sousa, encerrou a rodada de palestras com uma fala direta e prática sobre o uso seguro de defensivos agrícolas. Para um auditório cheio de futuros profissionais do campo, ele reforçou que a tecnologia de aplicação exige responsabilidade, começando pelo cuidado com quem está na ponta: o trabalhador rural. Segundo ele, a segurança do aplicador ainda é pouco debatida, apesar de ser fundamental para uma produção eficiente e sem riscos.

Igor explicou que a pulverização deve respeitar limites ambientais, como umidade, velocidade do vento e temperatura, para evitar perdas de produto e desperdício de dinheiro. Além disso, destacou a importância de escolher corretamente a ponta de pulverização, o diâmetro das gotas e a quantidade ideal para cada cultura — detalhes técnicos que fazem diferença no bolso do produtor e no resultado final da lavoura.
O pesquisador, que atua no Sudeste mas conhece bem a realidade do Acre, disse que o agronegócio acreano vive um momento promissor, especialmente em cadeias como café e cacau. Para ele, o estado está em posição estratégica e pode crescer ainda mais se investir na capacitação dos profissionais que atuam no campo. “A aplicação de defensivos precisa ser feita com atenção e com gente treinada. A agricultura está mudando rápido, e o Acre faz parte desse avanço”, afirmou.
Igor recomenda que os produtores busquem apoio técnico, seja dos egressos da universidade, do Senar, do Estado ou de empresas do setor. Ele acredita que treinamentos contínuos, como os apresentados no simpósio, são a melhor forma de evitar erros e garantir produção com qualidade e segurança.
