Por Wanglézio Braga
Em um levantamento nacional que projeta a evolução da População em Idade Ativa (PIA) nos próximos dez anos, o Acre conquistou uma posição de destaque ao figurar em 4º lugar na região Norte e no Brasil. Segundo o IBGE e o Centro de Liderança Pública (CLP), o estado apresenta uma média de crescimento de 1,44% na população entre 15 e 64 anos, taxa que o coloca à frente de grandes centros econômicos do país.
A População em Idade Ativa é um dos principais motores do desenvolvimento, pois representa o grupo etário mais apto ao trabalho e à produção de riqueza. Com esse crescimento projetado, o Acre tem uma janela de oportunidade estratégica para alavancar sua economia, desde que consiga transformar esse potencial demográfico em capital produtivo, por meio de educação técnica, qualificação profissional e estímulo ao empreendedorismo.
O alerta, no entanto, é claro: sem políticas públicas bem estruturadas, esse bônus populacional pode se transformar em um problema social. O estado precisa preparar seu mercado de trabalho para absorver essa nova força, com investimentos em setores-chave como agronegócio, serviços, tecnologia e indústria de base local.
Com uma taxa que supera a de estados populosos como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o Acre mostra que seu futuro econômico pode estar diretamente ligado à valorização e capacitação da juventude.
