Por Wanglézio Braga
A 6ª Conferência Estadual das Cidades reuniu durante dois dias representantes dos 22 municípios do Acre, além de autoridades estaduais e movimentos sociais, para debater o futuro do desenvolvimento urbano sustentável. O encontro escolheu 33 delegados que representarão o estado na Conferência Nacional das Cidades, marcada para outubro, em Brasília. Apesar da relevância do agronegócio na economia acreana, o setor foi pouco lembrado nas pautas discutidas.
Entre os pontos aprovados, um dos principais foi a necessidade de o governo contratar estudos ambientais que apontem a viabilidade de novas rodovias e pontes. A medida busca integrar municípios isolados, como Rodrigues Alves, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Jordão e Santa Rosa do Purus, que ainda enfrentam grandes dificuldades de acesso.

Outras propostas giraram em torno da habitação, da regularização fundiária e da infraestrutura básica, com projetos para reservatórios de água, fossas sépticas e sistemas de esgoto em áreas alagadas. Essas medidas pretendem melhorar as condições de vida da população urbana mais vulnerável.
Já no eixo de desenvolvimento econômico, surgiram ideias voltadas para o turismo ecológico e cultural, hortas comunitárias em bairros carentes e a criação de um fundo municipal para cooperativas de extração de produtos naturais, como açaí, mel e castanhas. Para os produtores rurais, no entanto, ficou a sensação de que as decisões ainda não dialogam de forma direta com as demandas do campo.