Por Wanglézio Braga
Durante o Workshop Regularização Ambiental em Foco, realizado nesta segunda-feira (27) na sede da Faeac, o pesquisador Felipe Nunes, diretor do Centro de Inteligência Territorial (CIT) e integrante do Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explicou como a plataforma Selo Verde pode se tornar uma aliada estratégica do agronegócio brasileiro.
Segundo Nunes, o Selo Verde foi criado para dar transparência e rastreabilidade à produção agrícola, mostrando que o Brasil cumpre uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo. “O agronegócio ganha ao demonstrar que produz com respeito à vegetação e à preservação. Isso facilita o acesso a mercados exigentes como a União Europeia e os Estados Unidos, que valorizam a conformidade ambiental e a rastreabilidade da produção”, afirmou.
A plataforma é pública, gratuita e baseada em dados oficiais — como os mapeamentos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que monitoram o uso da terra desde 1988. “Queremos que o mundo reconheça os dados brasileiros, nossa ciência e tecnologia. Ninguém conhece melhor o território do Brasil do que nós mesmos”, destacou o pesquisador.
Pensada também para a realidade da Amazônia, a ferramenta funciona em computadores e celulares, mesmo com internet de baixa velocidade. “O produtor precisa apenas digitar o número do CAR da propriedade para consultar a situação socioambiental e emitir certidões, se estiver tudo regular”, explicou Nunes. O Acre é um dos seis estados que participam da fase de testes da plataforma.
