Por Wanglézio Braga
O Acre agora tem uma lei que oficializa a criação do Programa de Farmácias Vivas, voltado ao uso de plantas medicinais e fitoterápicos na rede pública de saúde. A medida, sancionada pelo governador em exercício Nicolau Júnior e publicada nesta quarta-feira (16) no Diário Oficial, busca não só melhorar o acesso da população a tratamentos naturais, como também fortalecer a produção local e gerar renda para agricultores e comunidades tradicionais.
Com a nova lei, o governo pretende implantar unidades de Farmácias Vivas para produzir, manipular e distribuir medicamentos à base de plantas nativas da Amazônia. Além disso, a iniciativa inclui apoio a pesquisas, capacitação de profissionais da saúde e incentivo direto a pequenos produtores que cultivam ervas medicinais de forma sustentável.
Outro ponto importante é o estímulo ao uso de saberes populares aliados ao conhecimento científico. A lei prevê parcerias com universidades e institutos de pesquisa para garantir que os produtos tenham eficácia comprovada e sejam distribuídos com segurança. Cooperativas, associações e pequenas empresas que atuam no setor também poderão receber incentivos fiscais e apoio técnico.
A expectativa do governo é que, com a regulamentação nos próximos meses, as primeiras unidades comecem a funcionar já em 2026. Para o produtor rural que cultiva plantas como babosa, copaíba, hortelã, mastruz e outras, a iniciativa abre uma nova janela de mercado, com o selo da saúde pública e respeito à biodiversidade amazônica.