Por Wanglézio Braga
Um levantamento do Ministério da Pesca com base em dados nacionais mostrou que o Acre está entre os estados da Amazônia Legal com menor acesso digital entre pescadores e pescadoras profissionais. Apenas 40,2% deles possuem informações tecnológicas associadas à pesca, ficando atrás de Rondônia (61,8%), Amapá (74,1%) e Tocantins (78,4%). O cenário se repete também no uso de celular e acesso à internet, ferramentas cada vez mais essenciais para quem vive da pesca.
Apesar de 70,1% dos pescadores acreanos declararem possuir um aparelho celular, o número ainda é um dos mais baixos do Brasil. Quando o assunto é acesso à internet, a situação é ainda mais preocupante: Acre, Pará e Amazonas registram os menores percentuais do país, o que evidencia o desafio de conexão para quem vive às margens dos rios da região.
A falta de internet própria limita o uso de tecnologias que ajudam na previsão de tempo, localização de cardumes e até mesmo no acesso a direitos e benefícios. A ausência de conectividade também dificulta o acesso a políticas públicas e à comercialização direta do pescado, que poderia ser potencializada com vendas por redes sociais e aplicativos.