Por Wanglézio braga
A manhã desta terça-feira (17) na Assembleia Legislativa do Acre foi marcada por comoção. Durante reunião com deputados e produtores rurais que possuem áreas embargadas, o agricultor Gutierres, um dos alvos da Operação Suçuarana, emocionou a todos ao relatar o drama vivido na sua propriedade. Entre lágrimas, contou que seu boi de carroça, chamado Roxinho, criado como animal de estimação, foi levado para o abate pelos agentes ambientais.
Segundo Gutierres, a ação foi feita sem aviso prévio e sem direito a qualquer defesa. “Nem chance de mostrar os documentos. Levaram meu Roxinho como se fosse um criminoso. Até hoje não consigo entender. Eu implorei, implorei que não o levasse e levaram”, desabafou o produtor, arrancando lágrimas até dos deputados presentes.
A história do boi Roxinho virou símbolo da indignação dos produtores contra o que consideram abusos e excessos cometidos durante as fiscalizações do ICMBio e outros órgãos ambientais. Muitos produtores presentes relataram situações semelhantes, de animais apreendidos e bens embargados sem chance de defesa.
Ao final da reunião, deputados prometeram encaminhar o caso para análise jurídica e exigir esclarecimentos dos responsáveis pela operação. O clima de revolta e tristeza tomou conta da audiência. Uma nova reunião, desta vez mais técnica, deve ocorrer entre os atores da Aleac e o Governo do Acre. Também haverá uma audiência pública marcada para 1° de julho.
