Por Wanglézio Braga/ Fotos: Reprodução Instagram
As injustiças sofridas por quem vive na zona rural de Xapuri, ganhou um reforço de peso: a força das redes sociais e a voz de mulheres do campo. Influenciadoras como Kelma Boiadeira, Mara do Acre e Endellyana Santiago estão mostrando ao mundo, com vídeos e relatos, a dura realidade enfrentada pelos produtores rurais da região. Em vez de silêncio, o que se vê agora é engajamento, alcance, sensibilidade e cobrança. Temendo um grande problema social em suas cidades, juntas estão fazendo o papel de comunicar até muito mais que os grandes veículos de imprensa do país.
Kelma Boiadeira, que vive na comunidade Maloca – foco principal de uma operação –, foi uma das primeiras a mostrar os prejuízos de criadores após a apreensão de gado. Hoje com quase 15 mil seguidores, sua presença na BR-317 durante o bloqueio virou ponto de informação para muita gente. Com uma linguagem simples e direta, alcançou milhares de seguidores nos últimos dias. Os vídeos dela estão rodando em Brasília, no Congresso Nacional e nos principais perfis de quem faz o agro brasileiro.
Já Mara do Acre, com mais de 22 mil seguidores, mora em uma área vizinha e também se engajou na causa, usando seu carisma e experiência no campo para dar voz ao produtor pequeno, muitas vezes esquecido pelas autoridades. Mara é bastante conhecida por além de mostrar a sua lida diária com vídeos engraçados, também já foi garota propaganda em alguns eventos em Epitaciolândia com o 12° Circuito Country da Prefeitura Municipal.
Quem também chegou com força foi Endellyana Santiago, dona de um perfil com 187 mil seguidores. Produtora rural, Endellyana começou a publicar vídeos se posicionando firmemente ao lado dos manifestantes que prometem nova mobilização nesta sexta (13). Suas postagens têm alcançado seguidores e ajudado a tornar público um problema que antes ficava restrito aos rincões do Acre.
Outras influenciadoras também tem feito o seu papel, mas as três mostram que, hoje, o campo também fala por vídeos e stories. As redes sociais estão se tornando a nova porteira da comunicação rural, revelando injustiças, mobilizando apoio e mostrando para quem vive na zona urbana as dificuldades dos produtores. De pronto, todas deixam claro: não são contra as instituição ambientais, mas contrárias ao abuso de poder e a criminalização dos pequenos produtores.
