Por Wanglézio Braga
Em palestra realizada na última quarta-feira (4), no auditório da FAEAC, em Rio Branco, o assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rafael Filho, jogou luz sobre um tema que promete impactar diretamente a rotina de quem vive da pecuária: a obrigatoriedade da rastreabilidade bovina no país. A medida, que será implantada de forma gradual até 2032, exige que cada animal receba um código de identificação único, seguindo padrão internacional, e será exigida para todos os bovinos e búfalos criados em solo brasileiro.
Durante a explanação, Rafael não poupou franqueza ao afirmar que “os prazos estão valendo” e que os produtores precisam se adequar já. A rastreabilidade, segundo ele, é uma exigência sanitária prioritária que tem tudo para abrir mercados e fortalecer a imagem da carne brasileira lá fora. “Não é novidade, já existe desde 2009 por lei, mas agora vai sair do papel de vez”, reforçou.
O Plano Nacional de Identificação de Bovinos e Bubalinos (PNIB) tem como objetivo garantir controle total do rebanho, desde a origem até o abate, permitindo respostas rápidas em casos de doenças, além de ampliar a transparência para exportações. A previsão é de que a exigência comece oficialmente em 2027, mas os preparativos, especialmente técnicos e de informação, já estão a todo vapor.
Rafael também apresentou o trabalho que a CNA tem realizado junto aos governos e federações rurais para garantir que os pequenos e médios produtores não fiquem à margem da tecnologia e dos novos processos. “A hora de entender, perguntar e se preparar é agora. Em pouco tempo, rastrear vai ser tão essencial quanto vacinar”, concluiu.
